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@revistamaisbonita original

WATUSI

Cantora - Atriz - Intérprete - Bailarina

1. Watusi, nome artístico de Maria Alice Conceição, atriz, intérprete, bailarina e cantora brasileira. Quem lhe deu o nome artístico Watusi?

Na verdade, eu que escolhi esse nome pra mim mesma. Na época, Hélcio Milito, baterista do Tamba Trio, foi o meu diretor aqui dentro da CBS, e ele disse que nome de Maria Alice não iria a lugar nenhum. Casualmente, eu estava lendo um livrinho que contava a história dos Watusi, uma tribo africana que tinham uns 2,20m o mais baixinho, e aí eu me achei nesta altura de 2,20m, só que eu tinha 1,74m, e achei justo porque não era nome de ninguém e sim de uma tribo.
Achei o nome muito legal porque na época eu ia gravar a música “Pata Pata” e quando o Hélcio me perguntou se eu já tinha escolhido eu disse “Meu nome agora vai ser Watusi!” e ele respondeu “Gostei, é um nome forte e a partir de hoje te chamarei de Watusi.” e foi assim.
Quando ele me ofereceu para gravar a música “Pata Pata”, eu ouvi e falei para ele que não gravaria porque eu não poderia fazer melhor do que a própria autora que é a Miriam Makeba, mas eu estava disposta a defender esta música nas rádios e nas televisões, e foi assim que aconteceu. Em todos os programas de grande sucesso como Roberto Carlos, Wilson Simonal, Chacrinha, eu sempre cantei a música e lancei a moda de dançar de pernas de fora e descalça, eu movimentava muito bem, e assim as pessoas começaram a dançar assim nas discotecas e diziam que era a dança do “Pata Pata”, mas era só o meu jeito de dançar.

2. É verdade que a sua descoberta não foi pelo produtor Abrahão Medina, da TV Globo?

Não! Na verdade, eu me descobri, eu fui até a TV Globo para participar de um programa chamado “TV Fama” e que tinha um quadro chamado “Porta da Fama”. Eu fui para participar deste programa de calouros e quando eu fiz as duas audições o diretor disse que eu não participaria do programa “Porta da Fama”, mas eu seria convidada do programa “TV Fama”.
Eu participei do último concurso do Abrahão Medina “Um Cantor por Um Milhão, Um Milhão por Uma Canção”, sendo que o último programa foi chamado de “Um Cantor por Dez Milhões, Dez Milhões por Uma Canção” e que coincidentemente seria transmitido pela TV Globo, fiquei em segundo lugar perdendo por meio ponto para o primeiro lugar, que foi o Erley José. Eu não fui descoberta pelo Abrahão Medina, mas participei também deste grande programa que ele tinha. E também a gravadora que estava participando deste concurso era a minha gravadora, que era a CBS na época.

3. Na verdade tudo começou quando você gravou o seu primeiro compacto pela CBS Brasileira. Conte-nos sobre esta trajetória, até onde fixou residência em Barcelona?

Eu gravei um compacto simples na CBS com duas canções, inclusive foi na mesma época que eu iria participar do concurso, e a gravadora não lançou o meu CD para que eu pudesse participar desse concurso porque a regra do programa dizia que pessoas que já haviam gravado não poderiam participar. Foi muito legal que o diretor da gravadora resolveu me ajudar não publicando o CD, que era um compacto simples naquela época. 
Depois que muitas coisas que aconteceram, viagens minhas pelo Brasil cantando a música “Pata Pata” e fazendo esses grandes programas de televisão, eu conheci Abelardo Santos através de um amigo meu, que é um grande bailarino de frevo aqui do Brasil.
Eu fui convidada para lançar um pôster, acho que foi pelo jornal. Estava saindo da loja do Ari Lombardi, pai do Rodrigo Lombardi, quando o jornalista me chamou para saber se eu estaria predisposta a fazer fotografias para sair no pôster e eu falei “Lógico que sim!”. Era aquele pôster com Marlon Brando, Brigitte Bardot, Roberto Carlos... eu até fiquei espantada e disse “Mas eu não tenho dinheiro para pagar o senhor.” mas ele me respondeu “Não, eu é quem deveria te pagar”. Fiz as fotografias e 15 dias depois os pôsteres foram espalhados por todo o Brasil em grandes lojas e livrarias.
E foi através disso que fui apresentada ao dono da Brasiliana Ballet, Miecio Askanasy, que estava procurando a moça do pôster. Abelardo havia trabalhado lá e a Brasiliana estava voltando, foi quando ele disse que me conhecia e que éramos amigos. Eu assinei um contrato com ele, ganhando 240 dólares por mês, o que foi incrível já que meu sonho sempre foi viajar pelo mundo e fazer sucesso. Na verdade, com 7 anos eu já programei a minha vida, e essa era para mim uma grande oportunidade de estar em um grande grupo.

A partir daí minha vida tomou um rumo no qual eu conseguia enxergar muita coisa que antes eu não enxergava no Brasil. No Brasil, aliás, eu não conhecia nenhuma cantora que cantava e dançava. Eu fui contratada pela a 
Brasiliana como cantora, e quando estava no hotel assisti pela TV em Studgart o show da Shirley MacLaine? Foi quando eu disse que queria fazer exatamente o que ela fazia, cantar e dançar. Tive ajuda de alguns colegas como os saudosos Ze Maria, Abelardo dos Santos, Carlão e do coreógrafo Walter Ribeiro.
Quando eu saí da Brasiliana Ballet cinco anos depois, eu resolvi parar em Barcelona porque nós já havíamos feito duas apresentações no Teatro Vitória na cidade, e o diretor sempre me disse que o sonho dele seria que um dia eu fosse a estrela em seu teatro. Então da segunda vez que eu estive no Teatro Vitória com a Brasiliana Ballet, eu resolvi parar, porque a Brasiliana já não era mais o que eu almejava e eu resolvi pensar grande.
Assinei um contrato com o Teatro Vitória, sendo que antes disso eu tinha assinado um contrato para fazer uma turnê em Alicante, onde tinha um grupo de DJ’s que estavam montando um espetáculo e queriam uma estrela mulher e eram meus fãs. Aceitei o convite e ensaiei por 6 meses. Depois desse período, eu recebi um contrato e um telefonema do diretor do Teatro Vitória dizendo que eu teria que estar de volta para estrear o próximo espetáculo.
Fiquei dois anos no Teatro Vitória em Barcelona, e entre o primeiro espetáculo e o segundo eu tinha feito um mês de balé no Copa Rio, o diretor da casa de esporte ficava sempre encantado comigo e eu fiquei mais ou menos 15 dias por lá. Quando eu estava terminando o primeiro espetáculo Stardust em Barcelona, ele viu meu nome em cartaz e perguntou se era eu mesma. Marcamos para jantar e ele disse que tinha um amigo empresário de Mississippi e que seria interessante se entre um espetáculo e outro, eu fizesse uma turnê por toda a Côte d'Azur. Então meu marido levou meu currículo para Mississippi, eu conheci o empresário e fiz a turnê pela Côte d'Azur.

4. Porque o diretor presidente do Moulin Rouge de Paris, Jacki Clerico, e o coreógrafo Ruggero Angeletti foram até Barcelona para contratá-la a ser a Estrela que ficou em cartaz no famoso “Frenesi 80” de 1978 até 1982?

Já havia passado um ano e meio, quase dois anos, que eu recusei estar no Moulin Rouge porque eles queriam que eu fizesse uma apresentação com um grupo de brasileiros, bailarinos e ritmistas que não duraria mais que um minuto e meio. Eu disse que no Moulin Rouge eu só tinha a meta de entrar como estrela, até porque o quadro do espetáculo era Brasil e eu era cantora, não entendi porque não me deixaram terminar o espetáculo.
Quando estava terminando o espetáculo do Moulin Rouge que eu recusei, Jacki Clerico e Ruggero Angeletti foram até Barcelona e me contataram para ser a estrela do espetáculo “Frenesi 80” que foi de 1978 a 1982, sem saber que eu era a moça que recusou estar lá para ganhar pouquíssimo dinheiro em quase nada de representatividade brasileira, cantando uma música de um minuto e meio. Eu sempre digo que as pessoas tem que ter coragem de dar um passo para trás porque você ganha impulso para alcançar onde você quer chegar.

5. Você foi a principal estrela da casa “Moulin Rouge”, considerada a vedete mais bem paga da Europa. Segundo fontes, você ganhava US$ 25 mil por mês para cantar e dançar duas vezes por dia, sete dias por semana. Valeu a pena?

Eu fui a primeira estrela da Moulin Rouge a ter o nome em neon na porta, sendo essa a casa mais respeitada do planeta. É uma honra, e é com muito prazer que eu digo que vale a pena você às vezes recusar para poder dar um passo ainda maior.
Paris e Nova Iorque não costumam pagar bem porque quando você faz sucesso nestas duas cidades, você faz sucesso no mundo inteiro, então você reduz o seu salário para alcançar o estrelato, e ainda assim eu ganhava muito bem: vinte e poucos mil dólares de salário era algo que o Moulin Rouge nunca tinha feito.
Além de eu me sentir fabulosa, com a imprensa do mundo inteiro toda a meu favor e me elogiando ao extremo, foi muito importante ser reconhecida com as grandes revistas falando sobre a brasileira Watusi no Moulin Rouge, que ganhou fama internacional através do seu trabalho.

6.  Você atraía para a plateia gente de porte, como os atores Sylvester Stallone e Raquel Welch, o ator e cantor Yves Montand, e chegou a dividir o palco com Gene Kelly e Ginger Rogers, como foi estar ao lado destas celebridades?

Várias pessoas foram me ver no Moulin Rouge como Sylvester Stallone e Raquel Welch, que até chegou a subir no palco, e inclusive eu tenho uma foto com ela e todo elenco da Brasiliana Ballet. A Ginger Rogers foi em um evento que aconteceu para a UNICEF, um especial dentro do Moulin Rouge no qual foram Gene Kelly, Dalida, Peter Ustinov e muitas outras pessoas famosas que fizeram parte desse dia perfeito.
O lugar estava super lotado, tinha jornalista sentado no chão para poder assistir esse grande evento da UNICEF, e foi isso. 
 

7.  Na revista Raça Negra saiu uma matéria sobre você e Robert de Niro, disseram que você teve um romance com ele, é verdade?

Eu namorei o Robert por dois anos e meio, todos os dias ele ligava pra mim para dizer que me amava e tudo mais, nós tínhamos um papo muito legal. Toda vez que ele vinha ao Brasil, a mídia ficava enlouquecida, queria saber o que tanto ele fazia no Brasil. Na época, só quem sabia sobre isso eram Neville John Madden, a esposa e outras três ou quatro pessoas, mais ninguém sabia.
Mas ele é uma pessoa incrível, considero ele um dos maiores atores do mundo. Um cara super simples e generoso, o tipo de pessoa que se você o convidasse para comer na sua casa sentado no chão, ele iria com o maior prazer. Ele não gostava dessas coisas de paparazzi. Uma vez a gente estava passeando em Ipanema e ele me perguntou “Você acha que eu vou ser reconhecido aqui na rua?” e eu respondi “Robert, você acha que alguém vai acreditar que encontrou Robert de Niro no meio da rua?”, ele riu e disse “Ah é verdade!”. Imagina você namorar uma pessoa que você é fã, realmente é algo incrível.

8. Mais tarde, segundo fonte, depois de uma temporada de doze anos (1983 a 1995) no Scala, a casa de espetáculos carioca de Chico Recarey em que você trabalhou 1.500 dias sem folga (quase entrou para o Guiness Book), você nunca mais pisou nos palcos. Conte-nos o que aconteceu.

Quando eu cheguei no Brasil, eu fiz um ano no Beco de São Paulo com a direção Abelardo Figueiredo, depois eu fui para o Rio de Janeiro e fiquei três meses no Velho Galeão com um grande patrocínio. Quando eu estava atuando, o Scala iria inaugurar um espetáculo, e Paulo Max e Maurício Sherman vieram me ver e contrataram para ser a estrela desta grande casa de espetáculos, ao lado do meu grande ídolo Grande Otelo. Eu era fã dele desde garotinha.
Foram 1.500 dias de shows ininterruptos e acontece que como o Scala fez 1.500 dias e eu nunca faltei, eu espero que eu realmente possa entrar para o Guiness Book porque eu fiz tudo para nunca faltar e conseguir o recorde. Vou pedir ao Chico Recarey para assinar esse documento que eu preciso para estar nesse livro, que é importante para a minha história e conclusão do meu sonho.
Eu agradeço muito ao Chico Recarey, ele é um grande homem da noite brasileira, principalmente carioca, ele também é muito generoso, as pessoas iam pra lá e eram muito bem atendidas. Os espetáculos da Scala dirigidos pelo Maurício Sherman eram maravilhosos e com muito requinte e bom gosto, onde vinham pessoas do mundo inteiro (que às vezes tinham que esperar 15 dias ou um mês para conseguir ingressos) para ver o Golden Rio. Infelizmente, hoje a casa de espetáculos está inativa. Espero que um dia alguém tome esta iniciativa para que o Rio volte a ser o Rio de outrora, a Cidade Maravilhosa.
E este, na verdade, também é meu plano: resgatar uma casa noturna para trazer grandes espetáculos para a cidade mais linda do mundo.

9. O penúltimo disco lançado no Brasil foi intitulado (Por Causa de Você) contém as seguintes músicas:
• Brigas
• Que Será?
• Risque
• Por Causa de Você
• Privação de Sentidos
• Último Desejo
• Segredo
• Matriz ou Filial
• Questões Mal Resolvidas
• Que Queres Tu de Mim
• Tete a Tete
• Nem eu
Qual delas é a sua favorita e você não pode deixar de cantar em seu show?

“Privação de Sentidos”, que foi conhecida por fazer parte da personagem Françoise Forton da novela “Sonho Meu”. Esta música é muito linda e foi a que mais tocou.
As outras músicas foram uma escolha que eu realmente sempre quis cantar, como a “Por Causa de Você”; que é inclusive o título do meu primeiro CD; “Que Será?” da Dalva de Oliveira; da qual eu era muito fã; “Risque”, que foi a música com que eu fui fazer teste na Globo e que cantava em todos os programas que eu participava porque sabia que ganhava sempre. Tem músicas maravilhosas como “Matriz ou Filial”, “Que Queres Tu de Mim” e “Tete a Tete” do Altay Veloso, que é um grande compositor, e “Questões Mal Resolvidas” que é do Byafra e que para mim é a música mais bonita do meu CD.

10. O show #Watusi 50 anos em comemoração ao meio século de sua carreira fama internacional foi comemorado em 2019, você pretende continuar em 2021 e 2022?

Como é bom a gente comemorar os anos que a gente tem de vida e carreira. Esse show foi uma comemoração junto com vários amigos, Celso Bailarino, Celso de Almeida, etc. O primeiro show que eu fiz foi no Teatro Baden Powell, em homenagem à primavera na qual todas as pessoas vinham vestidas à caráter de flores. Foi a primeira vez que foi feito no Brasil e que eu gostaria de fazer todos os anos, mas com a pandemia não deu para fazer.
Então eu conheci Rodrigo Zampronni e André Auler e nós fizemos outros espetáculos, como no Net Rio, com auxílio dessas pessoas que têm muito carinho. Eu sempre digo que todas essas pessoas que se aproximam da gente, de um jeito ou de outro tentando ajudar, às vezes não têm uma grande forma de poder ajudar, mas o pouco que elas tentam já é o bastante para o artista. É importante que as pessoas que nós encontramos sempre tenham capacidade de querer nos ajudar quando precisamos, como o fotógrafo Luis Teixeira Mendes que fez a capa desta revista e muitos outros, e por isso eu sempre agradeço.


André Auler e Rodrigo Zampronni

11. É verdade que você está preparando um novo CD e será tema de livro? Conte nos sobre este projeto.

É verdade, estou preparando um CD com o José Milton. Inclusive, vai ter o mesmo título do espetáculo que nós montamos: chama-se Back to Rio, que é o grande espetáculo que eu quero fazer no Rio de Janeiro. Estamos na fase de escolha de repertório, escrevemos eu e minha sócia, Glória Araújo, que é uma grande compositora.
Nós vamos fazer um pré-lançamento do CD, porque, de verdade, estou sempre voltando para o Rio de Janeiro. Eu adoro a cidade onde eu fui criada. Nasci em Niterói, no Caramujo, mas eu fui criada mesmo no Rio de Janeiro.

12. Para encerrar qual a mensagem você deixa, para quem tem sonho de gostaria de seguir a carreira artística?

A primeira coisa que você precisa fazer é parar e pensar no seu objetivo, e eu sempre digo “escreva na sua pele o que você quer ser”, mas não apenas escreva, trabalhe para que isso aconteça. Muitas portas fecharão para você, mas se você encontrar uma janela, faça dela a maior portão da sua vida. Nunca deixe que as pessoas te diminuam por ter algo que os outros não gostam, acredite no que você é e no que você pode proporcionar a si mesmo.
Você tem que se gostar, gostar do que você está fazendo, gostar do que você vai mostrar para as outras pessoas. O mais importante é perseverar no seu ideal. Enquanto você viver a sua carreira, a luta está dentro de você, e eu faço isso objetivamente: todos os dias eu trabalho para que a minha carreira tenha o segmento que eu sempre sonhei na minha vida.
Eu quero agradecer a Revista MaisBonita por me dar a oportunidade de mostrar para as pessoas, agora a revista não é só bonita, mas vocês são lindos, muito obrigada!

"Muitas pessoas me viram brilhar no Moulin Rouge e no Scala Rio, mas agora você e seus amigos podem ter um momento exclusivo comigo!"
Entre em contato via Instagram ou WhatsApp e reserve seu lugar ou presenteie alguém que você goste em uma data especial com esse encontro especial: pode ser um bate-papo pelo Zoom ou na casa da cantora com um almoço preparado por ela mesma (respeitando protocolos de segurança e saúde).

 

CRÉDITOS:
 

EMPRESÁRIOS DA CANTORA WATUSI

Rodrigo Zampronni: Direção Geral
André Auler: Direção Artística e Roteiro

 

FOTOGRAFIA

Luis Teixeira MendesFotógrafo da Capa
Marcelo Faustini
Rodrigo Zampronni
André Auler

 

REVISTA MAISBONITA

André Lap: CEO & Diretor de Design, Webdesign e Marketing
Adriel Alves: Webdesign
Aija Alves: Design

 

ENTREVISTA POR

Jo Ribeiro: CEO & Jornalista

Revista MaisBonita - 2018

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