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Por isso, Abreu recomenda que o jornalista, principalmente ao abordar temas cient\u00edficos, n\u00e3o se considere um expert do assunto, isso pode dar chance a algo muito negativo, que \u00e9 o achismo. \u201cDeixe as palavras e as pesquisas com quem entende do assunto\u201d. Para isso, ele cita um exemplo comum aos ve\u00edculos de comunica\u00e7\u00e3o: \u201cSe um jornal precisa de uma pessoa para falar de uma doen\u00e7a do cora\u00e7\u00e3o, eu ofere\u00e7o um cliente que seja cardiologista. Ele ter\u00e1 todo o conhecimento para falar daquele assunto e saber\u00e1 explicar de uma forma bem did\u00e1tica. N\u00e3o cabe ao jornalista pegar o assunto e escrever do jeito dele. O jornalista que tenta ser cientista, abre brechas para que pessoas n\u00e3o cientistas atuem como cientistas na m\u00eddia social, h\u00e1 profissionais com amplo dom\u00ednio sobre o assunto e est\u00e3o devidamente capacitados para fazer isso, formados. Sem contar que a valoriza\u00e7\u00e3o do profissional na m\u00eddia, incentiva nas pesquisas e estudos para um melhor resultado.\u201d.<\/p>
Uma boa fonte de informa\u00e7\u00f5es cient\u00edficas que tanto Fabiano quanto \u00c2ngela consideram de grande valia s\u00e3o as publica\u00e7\u00f5es em revistas cient\u00edficas. \u201cS\u00e3o conte\u00fados bem fundamentados, analisados, avaliados e aprovados por um comit\u00ea cient\u00edfico. Ent\u00e3o, se voc\u00ea deseja saber mais sobre uma pesquisa a respeito de um determinado assunto, ali voc\u00ea n\u00e3o corre o risco de ter algo infundado ou falso. Quem faz estas publica\u00e7\u00f5es s\u00e3o cientistas que possuem um dom\u00ednio daquele assunto e podem falar com propriedade dele\u201d, aconselha.<\/p>
J\u00e1 a professora \u00c2ngela Mathylde orienta: \u201cO Google \u00e9 uma fonte de busca. Temos que saber analisar a veracidade da informa\u00e7\u00e3o apresentada ali. Esta ferramenta \u00e9 um motivador para encontrar o melhor conte\u00fado. Assim, precisamos ter uma an\u00e1lise cr\u00edtica sobre o que nos \u00e9 apresentado. Al\u00e9m disso, precisamos buscar em sites confi\u00e1veis como SciELO, ERIC, Google Acad\u00eamico, Peri\u00f3dicos (Portal da CAPES), BDTD, Science.gov, entre alguns outros internacionais bem conhecidos. Estes lugares possuem informa\u00e7\u00f5es assertivas, verdadeiras e sem perda de tempo ou achismo\u201d, explica. \u201cTemos que analisar o que os cientistas fazem. A ci\u00eancia precisa ser respaldada por evid\u00eancias claras e objetivas. \u00c9 preciso saber dialogar com o outro que vai receber aquela informa\u00e7\u00e3o. Nunca se falou tanto em ci\u00eancia como agora com a pandemia. Mas \u00e9 fundamental ouvir quem entende. As pessoas podem publicar os mais diversos assuntos, mas os profissionais s\u00e9rios est\u00e3o ali, h\u00e1 anos fazendo seu trabalho, e certamente eles possuem gabarito para refor\u00e7ar o que est\u00e3o falando\u201d, detalha.<\/p>
Da\u00ed essa necessidade principal de n\u00e3o levar a s\u00e9rio tudo que \u00e9 publicado: \u201cAs not\u00edcias falsas mostram a falta de educa\u00e7\u00e3o, da pedagogia, do comprometimento e da falta de humanidade\u201d, lamenta a professora. \u201cA primeira lei da ci\u00eancia \u00e9 o compromisso com o outro, com a verdade e com a solu\u00e7\u00e3o. O resto \u00e9 puro empirismo\u201d, refor\u00e7a a educadora.<\/p>
Da\u00ed \u00e9 importante n\u00e3o acreditar em qualquer um. Para encontrar um conte\u00fado de qualidade, vale a pena seguir conte\u00fado de quem possui, por exemplo, um selo de verifica\u00e7\u00e3o na rede social, refor\u00e7a \u00c2ngela Mathylde: \u201cAssim ser\u00e1 poss\u00edvel ver que a pessoa tem fundamento te\u00f3rico dos assuntos, ela n\u00e3o vai simplesmente falar o que quer sem ter um embasamento daquilo\u201d, refor\u00e7a.\u00a0<\/p>
J\u00e1 Fabiano de Abreu lamenta que mesmo assim, \u201cnossos profissionais daqui de dentro n\u00e3o s\u00e3o valorizados como deveriam. Eu mesmo fiz uma pesquisa em 2018, sobre a internet est\u00e1 deixando as pessoas menos inteligentes, aprovado e publicado em revista cient\u00edfica, o assunto n\u00e3o deu repercuss\u00e3o na m\u00eddia. Um outro cientista em 2020 publicou um livro sobre o mesmo assunto na Fran\u00e7a, e aqui todo mundo abordou esta quest\u00e3o. Falta ent\u00e3o dar este destaque aos nossos cientistas\u201d, destaca.<\/p>
Essa liberdade de cada um falar o que pensa, sem o devido trabalho de pesquisa, \u00e9 o que a professora lamenta estar cada vez mais comum na internet: \u201cA informa\u00e7\u00e3o \u00e9 libertadora e quando \u00e9 fiel pode mudar realidades. Este \u00e9 o papel da ci\u00eancia. N\u00e3o podemos trabalhar em cima de picaretagem, as pessoas t\u00eam que saber o que est\u00e3o falando, \u00e9 de grande responsabilidade. Eu mesma j\u00e1 passei por algumas lives que deu vontade de chorar\u201d.<\/p>
N\u00e3o \u00e9 uma tarefa f\u00e1cil, afinal, pesquisas cient\u00edficas s\u00e3o bem complexas, e quando publicadas rendem grandes assuntos. Tanto \u00e9, lembra Fabiano, que o jornalista de assessoria precisa colocar aquilo tudo em poucos par\u00e1grafos para chamar a aten\u00e7\u00e3o do colega que est\u00e1 na reda\u00e7\u00e3o. \u201cTudo isso \u00e9 feito sob muita responsabilidade. O leitor n\u00e3o quer ler textos grandes ent\u00e3o temos que passar todo o conhecimento em poucas palavras com t\u00edtulos e subt\u00edtulos curtos e impactantes, \u00e9 um fator criativo delicado.\u201d, completa o neurocientista.<\/p>
Especialista em inclus\u00e3o na educa\u00e7\u00e3o, \u00c2ngela Mathylde destaca o quanto \u00e9 fundamental que esta comunica\u00e7\u00e3o tenha que ser bem feita envolvendo pesquisadores e m\u00eddia para assim trazer benef\u00edcios para todos os agentes: \u201cEla precisa desse envolvimento e comprometimento para marcar a vida dos alunos, professores, de quem busca conhecimento. E n\u00e3o podemos esquecer de suas fam\u00edlias tamb\u00e9m\u201d, finaliza.<\/p>
Professora, Pedagoga, Psicopedagoga, Psicanalista, com titula\u00e7\u00e3o D.H.C. em Educa\u00e7\u00e3o \/USA; Mestre e doutora em estudos psicanal\u00edticos (RJ); Doutora em Neuroci\u00eancias (USA); P\u00f3s doutora em Neuroci\u00eancias (USA); Idealizadora do Programa PPAI _ Programa Multidisciplinar \u00a0de Avalia\u00e7\u00e3o e Interven\u00e7\u00e3o.\u00a0<\/p> Professora \u00a0da PUC Minas; CEO da cl\u00ednica Aprendizagem e Companhia-Sa\u00fade integral e Instituto. Profa. e Coordenadora cient\u00edfica da Faculdade Plus na regi\u00e3o sudeste; Conselheira Nacional da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Psicopedagogia (ABPP); Presidente do Congresso Internacional Brain Connection Brasil; Diretora do Grupo de Investiga\u00e7\u00e3o Cl\u00ednica em Sa\u00fade e Educa\u00e7\u00e3o da Uni\u00e3o Europeia \/G3TES; Vice-diretora acad\u00eamica da Associa\u00e7\u00e3o Mineira de Psican\u00e1lise (AMAP); \u00a0Escritora da editora Pearson, Artes\u00e3, WAK, Autora de artigos e textos cient\u00edficos em diversas revistas. Ganhadora de v\u00e1rios pr\u00eamios Profissional de Express\u00e3o e de destaque em 2009 at\u00e9 2020 Reconhecimento Europeu PROFI CONCEPT - Professora Honor\u00e1ria. Palestrante no Brasil e no exterior.<\/p>","indexed":"1","path":[1554,1777,1441],"photo-thumb":null,"sdescr":null,"tags":[],"extracats":[],"request":"public","redir":null,"type":"showroom"},w.pageload_additional=[],w.cg_webpartners_dl=!0,w.cg_holiday=0;})(window,top) Em tempos de pandemia e Fake News, é preciso ter discernimento e atenção com o que se consome na mídia. A internet dá espaço para muitas vozes emitirem opiniões sobre os mais diversos assuntos, mas é fundamental observar algumas características para saber se aquele trabalho jornalístico é sério e se obedece a uma produção ética e bem elaborada. Para tratar deste assunto, o neurocientista, psicanalista e jornalista Dr. Fabiano de Abreu, e a psicopedagoga, professora da PUC Minas e presidente do Congresso Brain Connection Brasil, professora Dra. Ângela Mathylde Soares, fizeram uma Live nessa terça-feira para falar das tendências e inovações do jornalismo do século XXI. Uma conversa agradável e valiosa para que qualquer profissional da comunicação possa entender a sua importância neste processo de construção de conteúdos científicos de qualidade em um tempo onde muitos acreditam poder falar o que quiser, sem o devido controle e avaliação. Proprietário de uma das empresa de comunicação e mídia social, a MF Press Global e de um centro de pesquisas científicas, a CPAH e também membro da Brain Connection e da Federação Brasileira, Portuguesa e Europeia de neurociências, Fabiano de Abreu destaca como os estudos científicos foram primordiais para o reconhecimento profissional: “Sempre que eu lia os jornais, percebia que sempre estava faltando alguma coisa. E eu sempre procurei fazer jornalismo de modo que as pessoas não tivessem dúvidas daquilo que estava sendo escrito ou falado. Por isso decidi investir em criar algo que seja bem elaborado e que as pessoas possam compreender aquilo que está ali para elas, sem deixar essas margens”, comentou. Por isso, Abreu recomenda que o jornalista, principalmente ao abordar temas científicos, não se considere um expert do assunto, isso pode dar chance a algo muito negativo, que é o achismo. “Deixe as palavras e as pesquisas com quem entende do assunto”. Para isso, ele cita um exemplo comum aos veículos de comunicação: “Se um jornal precisa de uma pessoa para falar de uma doença do coração, eu ofereço um cliente que seja cardiologista. Ele terá todo o conhecimento para falar daquele assunto e saberá explicar de uma forma bem didática. Não cabe ao jornalista pegar o assunto e escrever do jeito dele. O jornalista que tenta ser cientista, abre brechas para que pessoas não cientistas atuem como cientistas na mídia social, há profissionais com amplo domínio sobre o assunto e estão devidamente capacitados para fazer isso, formados. Sem contar que a valorização do profissional na mídia, incentiva nas pesquisas e estudos para um melhor resultado.”. Uma boa fonte de informações científicas que tanto Fabiano quanto Ângela consideram de grande valia são as publicações em revistas científicas. “São conteúdos bem fundamentados, analisados, avaliados e aprovados por um comitê científico. Então, se você deseja saber mais sobre uma pesquisa a respeito de um determinado assunto, ali você não corre o risco de ter algo infundado ou falso. Quem faz estas publicações são cientistas que possuem um domínio daquele assunto e podem falar com propriedade dele”, aconselha. Já a professora Ângela Mathylde orienta: “O Google é uma fonte de busca. Temos que saber analisar a veracidade da informação apresentada ali. Esta ferramenta é um motivador para encontrar o melhor conteúdo. Assim, precisamos ter uma análise crítica sobre o que nos é apresentado. Além disso, precisamos buscar em sites confiáveis como SciELO, ERIC, Google Acadêmico, Periódicos (Portal da CAPES), BDTD, Science.gov, entre alguns outros internacionais bem conhecidos. Estes lugares possuem informações assertivas, verdadeiras e sem perda de tempo ou achismo”, explica. “Temos que analisar o que os cientistas fazem. A ciência precisa ser respaldada por evidências claras e objetivas. É preciso saber dialogar com o outro que vai receber aquela informação. Nunca se falou tanto em ciência como agora com a pandemia. Mas é fundamental ouvir quem entende. As pessoas podem publicar os mais diversos assuntos, mas os profissionais sérios estão ali, há anos fazendo seu trabalho, e certamente eles possuem gabarito para reforçar o que estão falando”, detalha. Daí essa necessidade principal de não levar a sério tudo que é publicado: “As notícias falsas mostram a falta de educação, da pedagogia, do comprometimento e da falta de humanidade”, lamenta a professora. “A primeira lei da ciência é o compromisso com o outro, com a verdade e com a solução. O resto é puro empirismo”, reforça a educadora. Daí é importante não acreditar em qualquer um. Para encontrar um conteúdo de qualidade, vale a pena seguir conteúdo de quem possui, por exemplo, um selo de verificação na rede social, reforça Ângela Mathylde: “Assim será possível ver que a pessoa tem fundamento teórico dos assuntos, ela não vai simplesmente falar o que quer sem ter um embasamento daquilo”, reforça. Essa liberdade de cada um falar o que pensa, sem o devido trabalho de pesquisa, é o que a professora lamenta estar cada vez mais comum na internet: “A informação é libertadora e quando é fiel pode mudar realidades. Este é o papel da ciência. Não podemos trabalhar em cima de picaretagem, as pessoas têm que saber o que estão falando, é de grande responsabilidade. Eu mesma já passei por algumas lives que deu vontade de chorar”. Não é uma tarefa fácil, afinal, pesquisas científicas são bem complexas, e quando publicadas rendem grandes assuntos. Tanto é, lembra Fabiano, que o jornalista de assessoria precisa colocar aquilo tudo em poucos parágrafos para chamar a atenção do colega que está na redação. “Tudo isso é feito sob muita responsabilidade. O leitor não quer ler textos grandes então temos que passar todo o conhecimento em poucas palavras com títulos e subtítulos curtos e impactantes, é um fator criativo delicado.”, completa o neurocientista. Especialista em inclusão na educação, Ângela Mathylde destaca o quanto é fundamental que esta comunicação tenha que ser bem feita envolvendo pesquisadores e mídia para assim trazer benefícios para todos os agentes: “Ela precisa desse envolvimento e comprometimento para marcar a vida dos alunos, professores, de quem busca conhecimento. E não podemos esquecer de suas famílias também”, finaliza. Professora, Pedagoga, Psicopedagoga, Psicanalista, com titulação D.H.C. em Educação /USA; Mestre e doutora em estudos psicanalíticos (RJ); Doutora em Neurociências (USA); Pós doutora em Neurociências (USA); Idealizadora do Programa PPAI _ Programa Multidisciplinar de Avaliação e Intervenção. Professora da PUC Minas; CEO da clínica Aprendizagem e Companhia-Saúde integral e Instituto. Profa. e Coordenadora científica da Faculdade Plus na região sudeste; Conselheira Nacional da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPP); Presidente do Congresso Internacional Brain Connection Brasil; Diretora do Grupo de Investigação Clínica em Saúde e Educação da União Europeia /G3TES; Vice-diretora acadêmica da Associação Mineira de Psicanálise (AMAP); Escritora da editora Pearson, Artesã, WAK, Autora de artigos e textos científicos em diversas revistas. Ganhadora de vários prêmios Profissional de Expressão e de destaque em 2009 até 2020 Reconhecimento Europeu PROFI CONCEPT - Professora Honorária. Palestrante no Brasil e no exterior. REVISTA MAISBONITA - Beleza que inspira ! André Lap - CEO & Diretor Equipe: Publicado por
Biografias<\/strong><\/span><\/p>
Professora\u00a0dra. \u00c2ngela Mathylde Soares<\/span><\/strong><\/p>
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Os doutores Fabiano de Abreu e Ângela Mathylde conversam em Live sobre a importância de um jornalismo científico e da valorização do cientista
Já Fabiano de Abreu lamenta que mesmo assim, “nossos profissionais daqui de dentro não são valorizados como deveriam. Eu mesmo fiz uma pesquisa em 2018, sobre a internet está deixando as pessoas menos inteligentes, aprovado e publicado em revista científica, o assunto não deu repercussão na mídia. Um outro cientista em 2020 publicou um livro sobre o mesmo assunto na França, e aqui todo mundo abordou esta questão. Falta então dar este destaque aos nossos cientistas”, destaca.
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em 02/06/2021 às 09:57