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Al\u00e9m disso, os jornalistas come\u00e7aram tamb\u00e9m a procurar especialistas da \u00e1rea da sa\u00fade que pudessem comentar a situa\u00e7\u00e3o e que de certa forma, pudessem simplificar as mensagens e dar conselhos fundamentos aos portugueses. \u00a0\u201cTamb\u00e9m pessoas ligadas ao Governo, que os jornalistas davam menos aten\u00e7\u00e3o e o p\u00fablico conhecia menos, come\u00e7aram a aparecer nos media\u201d, destaca Francisco.<\/p>
Outro detalhe observado por Francisco Reis \u00e9 que, \u201cno in\u00edcio at\u00e9 houve entendimento entre os principais partidos pol\u00edticos, n\u00e3o havendo cr\u00edticas \u00e0 atua\u00e7\u00e3o do governo, numa altura em que a situa\u00e7\u00e3o era positiva em Portugal e se falava no \u2018milagre portugu\u00eas\u2019. Por\u00e9m, com o passar dos tempos, come\u00e7aram por surgir as cr\u00edticas\u201d, destaca.<\/p>
Para o comunicador portugu\u00eas, \u201cem resumo, os jornalistas fizeram e fazem bem o seu trabalho de informar os p\u00fablicos acerca da pandemia. T\u00eam fontes oficiais e procuram fontes e coment\u00e1rios alternativos. E os portugueses, t\u00eam acesso a v\u00e1rios ve\u00edculos de informa\u00e7\u00e3o, que lhes permitem entender melhor tudo o que se passa\u201d, ressalta.<\/p>
Por\u00e9m, \u00e9 fundamental que o p\u00fablico mantenha o senso cr\u00edtico e saiba analisar os principais fatos quando s\u00e3o divulgados, completa Francisco Reis. \u201cClaro que, como em tudo, cada jornalista e cada meio, tem um \u00e2ngulo diferente de pegar nos n\u00fameros e fazer as suas interpreta\u00e7\u00f5es, mas isso todos os portugueses podem fazer tamb\u00e9m\u201d, finaliza.<\/p>
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Em um ano tão difícil como foi 2020 e este início de 2021, a imprensa de todo o mundo passou por profundas transformações. Com o isolamento social e o distanciamento físico, as entrevistas por chamadas de vídeo se tornaram cada vez mais comuns. Além disso, a principal pauta inevitavelmente acaba sendo a mesma em todo o mundo: a pandemia do coronavírus.
Por outro lado, é preciso entender como se deu esta transformação (e por que não, adaptação) ao longo deste período nos veículos de imprensa em terras lusitanas. Segundo o partner da Guess What, empresa de comunicação portuguesa, Francisco Chaveiro Reis, “no início da pandemia em Portugal, mesmo em épocas de confinamento, havia uma conferência de imprensa diária com a presença da Ministra da Saúde e da Diretora da Direção Geral de Saúde. Para além deste momento, acompanhado em direto por vários canais de televisão e pelos jornalistas dos outros meios. Ao mesmo tempo, era libertado todos os dias um pequeno relatório da situação. Com estas duas ferramentas, os portugueses tinham informação ao dispor para perceber o que se passava. Com quase um ano de pandemia, estas conferências e estes relatórios passaram a ser mais espaçados”, conta.
Além disso, os jornalistas começaram também a procurar especialistas da área da saúde que pudessem comentar a situação e que de certa forma, pudessem simplificar as mensagens e dar conselhos fundamentos aos portugueses. “Também pessoas ligadas ao Governo, que os jornalistas davam menos atenção e o público conhecia menos, começaram a aparecer nos media”, destaca Francisco.
Outro detalhe observado por Francisco Reis é que, “no início até houve entendimento entre os principais partidos políticos, não havendo críticas à atuação do governo, numa altura em que a situação era positiva em Portugal e se falava no ‘milagre português’. Porém, com o passar dos tempos, começaram por surgir as críticas”, destaca.
Para o comunicador português, “em resumo, os jornalistas fizeram e fazem bem o seu trabalho de informar os públicos acerca da pandemia. Têm fontes oficiais e procuram fontes e comentários alternativos. E os portugueses, têm acesso a vários veículos de informação, que lhes permitem entender melhor tudo o que se passa”, ressalta.
Porém, é fundamental que o público mantenha o senso crítico e saiba analisar os principais fatos quando são divulgados, completa Francisco Reis. “Claro que, como em tudo, cada jornalista e cada meio, tem um ângulo diferente de pegar nos números e fazer as suas interpretações, mas isso todos os portugueses podem fazer também”, finaliza.
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Publicado por
Raphael Lucca
MF Press Global
em 04/06/2021 às 11:54