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Mesmo com a lei das fake news, a Lei Federal n\u00b013.834\/19, que prev\u00ea pena de dois a oito anos de pris\u00e3o, al\u00e9m de multa, para quem fizer den\u00fancia falsa com finalidade eleitoral, as not\u00edcias falsas est\u00e3o longe de acabar. V\u00eddeos, fotos, \u00e1udios, postagens e falsos sites de not\u00edcias com supostas reportagens, muitas s\u00e3o as maneiras de difundir informa\u00e7\u00f5es de m\u00e1 f\u00e9, principalmente em \u00e9pocas de campanha eleitoral, como no Brasil e nos Estados Unidos. A advogada Marielle Britto ressalta que elas deixaram de ser apenas uma brincadeira ou ferramenta restrita ao mundo virtual e hoje s\u00e3o uma grande preocupa\u00e7\u00e3o nos \u00e2mbitos social e pol\u00edtico. \u201cAs fake news podem mudar os rumos das elei\u00e7\u00f5es, principalmente ap\u00f3s a utiliza\u00e7\u00e3o das redes sociais. A sofistica\u00e7\u00e3o das campanhas e o avan\u00e7o da tecnologia permitiram que fatos distorcidos e sem fonte confi\u00e1vel cheguem, em quest\u00e3o de segundos, a milhares de pessoas. As not\u00edcias falsas disparadas em massa alimentam a desinforma\u00e7\u00e3o e atentam contra o Estado Democr\u00e1tico de Direito\u201d, afirma.<\/p>
Para ela, uma sociedade exposta constantemente a fatos tendenciosos, mesmo em redes sociais, est\u00e1 condicionada a expressar essa exposi\u00e7\u00e3o nas elei\u00e7\u00f5es e tomar decis\u00f5es precipitadas e mal embasadas. Dessa forma, Marielle considera que a lei que combate esta pr\u00e1tica \u00e9 um avan\u00e7o. \u201c\u00c9 Importante destacar tamb\u00e9m que a \u00fanica modalidade de fake news criminalizada at\u00e9 o momento \u00e9 a eleitoral\u201d, alerta.\u00a0<\/p>
A advogada explica como identific\u00e1-las: h\u00e1 diversos formatos, algumas at\u00e9 cont\u00e9m informa\u00e7\u00f5es verdadeiras, mas v\u00eam acompanhadas de imagens falsas ou fora de contexto. \u201cPode ter um t\u00edtulo falso e algumas informa\u00e7\u00f5es do texto serem verdadeiras, \u00e0s vezes \u00e9 apenas uma foto falsa que induz a uma ideia err\u00f4nea, ou ainda tudo \u00e9 falso\u201d, destaca. \u201cPara evitar consumir tais informa\u00e7\u00f5es, \u00e9 importante tomar alguns cuidados como conferir se o texto possui fonte, qual \u00e9 o site e o autor\u201d, explica. Uma forma de verificar \u00e9 n\u00e3o ler apenas o t\u00edtulo do que foi compartilhado. Se houver d\u00favidas quanto \u00e0 seguran\u00e7a do link, o ideal \u00e9 n\u00e3o clicar, mas se n\u00e3o houver este problema, \u00e9 fundamental verificar o site para saber se \u00e9 ou n\u00e3o um meio confi\u00e1vel de informa\u00e7\u00f5es. \u201cTem que analisar as outras publica\u00e7\u00f5es do portal, evitar ler apenas o t\u00edtulo do que foi compartilhado, verificar se h\u00e1 erros na escrita e sempre \u00e9 importante pesquisar o assunto para verificar se o tema foi publicado em sites conhecidos e respeitados\u201d, destaca. Outra dica \u00e9 desconfiar sempre de not\u00edcias alarmistas, al\u00e9m de analisar a data e questionar se quem est\u00e1 enviando checou a veracidade.\u00a0<\/p>
Na d\u00favida, ignore o conte\u00fado. \u201cA melhor solu\u00e7\u00e3o \u00e9 a conscientiza\u00e7\u00e3o da popula\u00e7\u00e3o. Se as informa\u00e7\u00f5es n\u00e3o s\u00e3o repassadas, essa pr\u00e1tica vai perdendo for\u00e7a e sentido. Essa mudan\u00e7a s\u00f3 ser\u00e1 atingida com um trabalho de educa\u00e7\u00e3o, explicando desde cedo as consequ\u00eancias dos nossos atos, tanto na internet, quanto fora dela\u201d. Ainda \u00e9 poss\u00edvel denunciar: o registro pode ser feito no Pardal, aplicativo do Tribunal Superior Eleitoral, \u00a0bem como podem ser encaminhadas den\u00fancias ao Minist\u00e9rio P\u00fablico Eleitoral (MPE) e \u00e0s ouvidorias da Justi\u00e7a Eleitoral.<\/p>","indexed":"1","path":[1554,1777,1433],"photo-thumb":null,"sdescr":null,"tags":[],"extracats":[],"request":"public","redir":null,"type":"showroom"},w.pageload_additional=[],w.cg_webpartners_dl=!0,w.cg_holiday=0;})(window,top)
Mesmo com a lei das fake news, a Lei Federal n°13.834/19, que prevê pena de dois a oito anos de prisão, além de multa, para quem fizer denúncia falsa com finalidade eleitoral, as notícias falsas estão longe de acabar. Vídeos, fotos, áudios, postagens e falsos sites de notícias com supostas reportagens, muitas são as maneiras de difundir informações de má fé, principalmente em épocas de campanha eleitoral, como no Brasil e nos Estados Unidos. A advogada Marielle Britto ressalta que elas deixaram de ser apenas uma brincadeira ou ferramenta restrita ao mundo virtual e hoje são uma grande preocupação nos âmbitos social e político. “As fake news podem mudar os rumos das eleições, principalmente após a utilização das redes sociais. A sofisticação das campanhas e o avanço da tecnologia permitiram que fatos distorcidos e sem fonte confiável cheguem, em questão de segundos, a milhares de pessoas. As notícias falsas disparadas em massa alimentam a desinformação e atentam contra o Estado Democrático de Direito”, afirma.
Para ela, uma sociedade exposta constantemente a fatos tendenciosos, mesmo em redes sociais, está condicionada a expressar essa exposição nas eleições e tomar decisões precipitadas e mal embasadas. Dessa forma, Marielle considera que a lei que combate esta prática é um avanço. “É Importante destacar também que a única modalidade de fake news criminalizada até o momento é a eleitoral”, alerta.
A advogada explica como identificá-las: há diversos formatos, algumas até contém informações verdadeiras, mas vêm acompanhadas de imagens falsas ou fora de contexto. “Pode ter um título falso e algumas informações do texto serem verdadeiras, às vezes é apenas uma foto falsa que induz a uma ideia errônea, ou ainda tudo é falso”, destaca. “Para evitar consumir tais informações, é importante tomar alguns cuidados como conferir se o texto possui fonte, qual é o site e o autor”, explica. Uma forma de verificar é não ler apenas o título do que foi compartilhado. Se houver dúvidas quanto à segurança do link, o ideal é não clicar, mas se não houver este problema, é fundamental verificar o site para saber se é ou não um meio confiável de informações. “Tem que analisar as outras publicações do portal, evitar ler apenas o título do que foi compartilhado, verificar se há erros na escrita e sempre é importante pesquisar o assunto para verificar se o tema foi publicado em sites conhecidos e respeitados”, destaca. Outra dica é desconfiar sempre de notícias alarmistas, além de analisar a data e questionar se quem está enviando checou a veracidade.
Na dúvida, ignore o conteúdo. “A melhor solução é a conscientização da população. Se as informações não são repassadas, essa prática vai perdendo força e sentido. Essa mudança só será atingida com um trabalho de educação, explicando desde cedo as consequências dos nossos atos, tanto na internet, quanto fora dela”. Ainda é possível denunciar: o registro pode ser feito no Pardal, aplicativo do Tribunal Superior Eleitoral, bem como podem ser encaminhadas denúncias ao Ministério Público Eleitoral (MPE) e às ouvidorias da Justiça Eleitoral.
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Publicado por
Raphael Lucca
MF Press Global
em 01/06/2021 às 12:45